Categoria: Redes Sociais

Uma rede social em que os perfis são criados e mantidos pelos amigos dos usuários, em terceira pessoa.

Um dos maiores segredos do sucesso do Orkut, mas ainda pouco valorizado pelas redes sociais que o sucederam, é o “feedback”. A plataforma do Sr. Büyükkökten levava tão a sério a opinião dos outros que dois dos seus maiores destaques eram o mural de recados (que loucura pensar que usávamos uma inbox pública) e, claro, o rol de depoimentos pessoais (que eram justamente usados como uma inbox privada, já que os testemunhos precisavam ser aprovados para aparecerem no seu perfil). Isso sem falar nos índices de 100% legal, sexy e confiável.

Hoje, com o cyber-bullying, este tipo de dinâmica interativa se tornou menos desejada, mas não completamente inviável. Afinal de contas, cada vez mais, as redes sociais refletem um mundo de aparências, focado na imagem que queremos que os outros tenham de nós. Por que não oficializar isso numa nova plataforma?

Nesta nova rede social, portanto, não é você que monta o seu perfil, mas os outros. Após realizar um breve cadastro, definindo seu nome de usuário e senha, a primeira providência do usuário é adicionar uma lista de amigos autorizados a adicionar e editar informações ao seu perfil. Seus amigos farão o upload de suas fotos, e escolherão aquela mais adequada para figurar como sua foto de perfil – o bom e velho “avatar”.

Também serão eles os encarregados de escrever a sua “bio” – descrição curta de quem você é – e até de realizar as postagens na sua linha do tempo, em terceira pessoa. Por sua vez, você ficará incumbido de criar e administrar o perfil dos seus amigos – ou, pelo menos, daqueles que te adicionaram como tal. Muito mais divertido, né?

Em caso de excessos, obviamente, as informações indesejadas podem ser removidas, e o amigo (da onça), bloqueado.

Uma rede social exclusivíssima, com dinâmica escancarada de pirâmide financeira, e apelo de crítica social.

Se você perguntar para um membro de uma pirâmide financeira se aquilo é uma pirâmide financeira, ele vai negar até a morte. Mas, convenhamos, depois do advento das criptomoedas e do NFT, nem é preciso dissimular mais nada.

Tendo a sinceridade como norte, nosso projeto contempla uma rede social exclusivíssima, acessível apenas para convidados. As regras da plataforma deixam claro seu formato geométrico: quanto antes você conseguir o seu convite, mais pontos de influência terá. E aqueles que já estavam antes do seu ingresso ganham sempre uma comissão sobre os seus pontos. Uma simulação perfeita de uma rede de marketing multinível – quase um deboche.

Caso a dinâmica de “pirâmide social” não tenha apelo suficiente, a startup pode partir para a cobrança de taxas de adesão – ou seja, a venda de convites. Desta forma, a “gamificação” dentro da plataforma é “monetizada”, e a sátira se torna efetivamente uma pirâmide financeira.

Se a TelexFree vendia planos de VoIP (depois da invenção do Skype), por que não podemos vender convites para uma nova rede social do momento?

Uma rede social em que as conexões são realizadas por um algoritmo de reconhecimento facial, classificando as pessoas mais parecidas como “sósias”.

Você já deve ter passado por isso: assim que apresentado à família da namorada, ou introduzido para uma nova turma de amigos, logo alguém comentou o quanto você é parecido com Fulano. Mais que isso, você é “a cara” de Fulano – “cuspido e escarrado”!

Mas quem são essas pessoas parecidas com a gente? Nessa nova rede social de doppelgangers, não é só jogador de futebol que tem sósias oficiais!

A ideia é que um algoritmo de identificação facial faça todo o trabalho – não obstante a possibilidade de enviar indicações. Desta forma, todas as conexões nesta rede, ou seja, todos os seus “amigos”, na verdade são pessoas fisicamente parecidas com você.

Ainda, seria interessante mapear a localização, ou pelo menos a região, dos sósias encontrados, mas ainda carece de um estudo de viabilidade jurídica.